Na Galiza há dois projetos linguísticos de normalização (transformação de uma língua em veículo “normal” de comunicação numa comunidade linguística) e de normativização (construção de um padrão culto):

– o autonomista (ou isolacionista), que defende a consolidação do que hoje poderíamos muito bem chamar de galego-castelhano.

– o reintegracionista (ou lusista) que defende uma norma para o galego que poderíamos chamar de galego-portuguesa ou, simplesmente, português da Galiza.

Na minha opinião, não deve faltar muito tempo para que alguns dos que, desde os anos 80, defenderam a opção ortográfica castelhanizante, reconheçam que contribuiram, em parte, para o desaparecimento da língua galega como veículo de comunicação quotidiana (evidentemente, não me estou a referir àqueles que, dentro das instituições públicas, pura e simplesmente, “vivem disso”).

Num futuro não muito longínquo, restará, e ainda bem (ou “menos mal”, diriam em galego-castelhano) uma elite que produzirá em português (ou, se quiserem, em galego-português) e uma outra que produzirá em castelhano.

A língua da rua será, já é, o castelhano.

Mural, já recolhido neste blogue, ao pé da Faculdade de Filologia da Universidade de Santiago de Compostela em homenagem ao Professor Ricardo Carvalho Calero. Via: Portal Galego da Língua > Gentalha do Pichel realiza mural em homenagem a Carvalho Calero

Páginas de interesse:

Língua galega, na Wikipédia portuguesa.

Lingua galega, na Wikipedia galega.